Jumat, 25 Juli 2008

OS FAZERES DA EDUCAÇÃO INFANTIL

CRIANÇA PRECISA DE LIMITES QUE A PROTEJAM.
DAR LIMITES É...
-Ensinar que os direitos são iguais para todos.
-Ensinar que existem OUTRAS pessoas no mundo.
-Fazer a criança compreender que seus direitos acabam onde começam os direitos dos outros.-Dizer "sim" sempre que possível e "não" sempre que necessário.-Só dizer "não" aos filhos quando houver uma razão concreta.
-Mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não podem ser feitas.
-Fazer a criança ver o mundo com uma conotação social (con-viver) e não apenas psicológica (o meu desejo e o meu prazer são as única coisas que contam).
-Ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade (a criança que hoje aprendeu a esperar sua vez de ser servida à mesa amanhã não considerará um insulto pessoal esperar a vez na fila do cinema ou aguardar três ou quatro dias até que o chefe dê um parecer sobre sua promoção).
-Desenvolver a capacidade de adiar satisfação (se não conseguir emprego hoje, continuará a lutar sem desistir ou, caso não tenha desenvolvido esta habilidade, agirá de forma insensata ou desequilibrada, partindo, por exemplo, para a marginalidade, o alcoolismo ou a depressão).
-Evitar que seu filho cresça achando que todos no mundo têm de satisfazer seus mínimos desejos e, se tal não ocorrer (o que é mais provável), não conseguir lidar bem com a menor contrariedade, tornando-se, aí sim, frustrado, amargo ou, pior, desequilibrado emocionalmente.
-Saber discernir entre o que é uma necessidade dos filhos e o que é apenas desejo.
-Compreender que direito à privacidade não significa falta de cuidado, descaso, falta de acompanhamento e supervisão às atividades e atitudes dos filhos, dentro e fora de casa.
-Ensinar que a cada direito corresponde um dever e, principalmente:Dar exemplo! Quem quer ter filhos que respeitem a lei e os homens tem de viver seu dia-a-dia dentro desses mesmos princípios, ainda que a sociedade tenha poucos indivíduos que agem dessa forma.
DAR LIMITES NÃO É...Bater nos filhos para que eles se comportem.
-Quando se fala em limites, muitas pessoas pensam que significa aprovação para dar palmadinhas, bater ou até espancar.
-Fazer só o que vocês, pai ou mãe, querem ou estão com vontade fazer.
-Ser autoritário, dar ordens sem explicar o porquê, agir de acordo apenas com seu próprio interesse, da forma que lhe aprouver, mesmo que a cada dia sua vontade seja inteiramente oposta à do outro dia, por exemplo.
-Deixar de explicar o porquê das coisas, apenas impondo a "lei do mais forte".-Gritar com as crianças para ser atendido.
-Deixar de atender às necessidades reais (fome, sede, segurança, afeto, interesse) dos filhos, porque você hoje está cansado.
-Invadir a privacidade a que todo ser humano tem direito.-Provocar traumas emocionais, humilhações e desrespeito à criança.
-Toda criança tem capacidade de compreender um "não" sem ficar com problemas, desde que, evidentemente, este "não" tenha razão de ser e não seja acompanhado de agressões físicas ou morais.
-O que provoca traumas e problemas emocionais é, em primeiro lugar, a falta de amor e carinho, seguida de injustiça, violência física. -Bater nos filhos é uma forma comum de violência física, que, em geral, começa com a palmadinha leve no bumbum.
Texto extraído livro Limites Sem Trauma
(Construindo Cidadãos), de Tânia Zagury.


As histórias infantis como forma de consciência de mundo É no encontro com qualquer forma de Literatura que os homens têm a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida. Nesse sentido, a Literatura apresenta-se não só como veículo de manifestação de cultura, mas também de ideologias.
A Literatura Infantil, por iniciar o homem no mundo literário, deve ser utilizada como instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo. Sendo fundamental mostrar que a literatura deve ser encarada, sempre, de modo global e complexo em sua ambigüidade e pluralidade.
Até bem pouco tempo, em nosso século, a Literatura Infantil era considerada como um gênero secundário, e vista pelo adulto como algo pueril (nivelada ao brinquedo) ou útil (forma de entretenimento).
A valorização da Literatura Infantil, como formadora de consciência dentro da vida cultural das sociedades, é bem recente. Para investir na relação entre a interpretação do texto literário e a realidade, não há melhor sugestão do que obras infantis que abordem questões de nosso tempo e problemas universais, inerentes ao ser humano.
"Infantilizar" as crianças não cria cidadãos capazes de interferir na organização de uma sociedade mais consciente e democrática. Fases normais no desenvolvimento da criança.
O caminho para a redescoberta da Literatura Infantil, em nosso século, foi aberto pela Psicologia Experimental que, revelando a Inteligência como um elemento estruturador do universo que cada indivíduo constrói dentro de si, chama a atenção para os diferentes estágios de seu desenvolvimento (da infância à adolescência) e sua importância fundamental para a evolução e formação da personalidade do futuro adulto.
A sucessão das fases evolutivas da inteligência (ou estruturas mentais) é constante e igual para todos. As idades correspondentes a cada uma delas podem mudar, dependendo da criança, ou do meio em que ela vive
Primeira Infância: Movimento X Atividade (15/17 meses aos 3 anos)
Maturação, início do desenvolvimento mental;Fase da invenção da mão - reconhecimento da realidade pelo tato;Descoberta de si mesmo e dos outros;Necessidade grande de contatos afetivos;Explora o mundo dos sentidos;Descoberta das formas concretas e dos seres;Conquista da linguagem;Nomeação de objetos e coisas - atribui vida aos objetos;Começa a formar sua auto-imagem, de acordo com o que o adulto diz que ela é, assimilando, sem questionamento, o que lhe é dito;Egocentrismo, jogo simbólico;Reconhece e nomeia partes do corpo;Forma frases completas;Nomeia o que desenha e constrói;Imita, principalmente, o adulto.
Segunda Infância: Fantasia & Imaginação (dos 3 aos 6 anos)
Fase lúdica e predomínio do pensamento mágico;Aumenta, rapidamente, seu vocabulário;Faz muitas perguntas. Quer saber "como" e "por quê ?";Egocentrismo - narcisismo;Não diferenciação entre a realidade externa e os produtos da fantasia infantil;Desenvolvimento do sentido do "eu";Tem mais noção de limites (meu/teu/nosso/certo/errado);Tempo não tem significação - não há passado nem futuro, a vida é o momento presente;Muitas imagens ainda completando, ou sugerindo os textos;Textos curtos e elucidativos;Consolidação da linguagem, onde as palavras devem corresponder às figuras;Para Piaget, etapa animista, pois todas as coisas são dotadas de vida e vontade;O elemento maravilhoso começa a despertar interesse na criança.
Dos 6 aos 6 anos e 11 meses, aproximadamente Interesse por ler e escrever.
A atenção da criança esta voltada para o significado das coisas; O egocentrismo está diminuindo. Já inclui outras pessoas no seu universo;Seu pensamento está se tornando estável e lógico, mas ainda não é capaz de compreender idéias totalmente abstratas;Só consegue raciocinar a partir do concreto;Começa a agir cooperativamente;Textos mais longos, mas as imagens ainda devem predominar sobre o texto;O elemento maravilhoso exerce um grande fascínio sobre a criança.
Histórias para crianças (faixa etária/áreas de interesse/materiais/livros)1 a 2 anos:
A criança, nessa faixa etária, prende-se ao movimento, ao tom de voz,
e não ao conteúdo do que é contado.
Ela presta atenção ao movimento de fantoches e a objetos que conversam com ela.
As histórias devem ser rápidas e curtas. O ideal é inventá-las na hora. Os livros de pano, madeira e plástico, também prendem a atenção. Devem ter, somente, uma gravura em cada página, mostrando coisas simples e atrativas visualmente. Nesta fase, há uma grande necessidade de pegar a história, segurar o fantoche, agarrar o livro, etc..
2 a 3 anos: Nessa fase, as histórias ainda devem ser rápidas, com pouco texto de um enredo simples e vivo, poucos personagens, aproximando-se, ao máximo, das vivências da criança.
Devem ser contadas com muito ritmo e entonação. Tem grande interesse por histórias de bichinhos, brinquedos e seres da natureza humanizados. Identifica-se, facilmente, com todos eles. Prendem-se a gravuras grandes e com poucos detalhes. Os fantoches continuam sendo o material mais adequado. A música exerce um grande fascínio sobre ela. A criança acredita que tudo ao seu redor tem vida e vivência, por isso, a história transforma-se em algo real, como se estivesse acontecendo mesmo.
3 a 6 anos:Os livros adequados a essa fase devem propor "vivências radicadas" no cotidiano familiar da criança e apresentar determinadas características estilísticas.
Predomínio absoluto da imagem, (gravuras, ilustrações, desenhos, etc.), sem texto escrito, ou com textos brevíssimos, que podem ser lidos, ou dramatizados pelo adulto, a fim de que a criança perceba a inter-relação existente entre o "mundo real", que a cerca, e o "mundo da palavra", que nomeia o real. É a nomeação das coisas que leva a criança a um convívio inteligente, afetivo e profundo com a realidade circundante.As imagens devem sugerir uma situação que seja significativa para a criança, ou que lhe seja, de alguma forma, atraente. A graça, o humor, um certo clima de expectativa, ou mistério são fatores essenciais nos livros para o pré-leitor.
As crianças, nessa fase, gostam de ouvir a história várias vezes. É a fase de "conte outra vez". Histórias com dobraduras simples, que a criança possa acompanhar, também exercem grande fascínio.
Outro recurso é a transformação do contador de histórias com roupas e objetos característicos. A criança acredita, realmente, que o contador de histórias se transformou no personagem ao colocar uma máscara, chapéu, capa, etc...
Podemos enriquecer a base de experiências da criança, variando o material que lhe é oferecido. Materiais como massa de modelar e argila atraem a criança para novas experimentações. Por exemplo, a história do "Bonequinho Doce" sugere a confecção de um bonequinho de massa, e a história da "Galinha Ruiva" pode sugerir amassar e assar um pão. Assim como as histórias infantis, os contos de fadas têm um determinado momento para serem introduzidos no desenvolvimento da criança, variando de acordo com o grau de complexidade de cada história.
Os contos de fadas, tais como: "O Lobo e os Sete Cabritinhos", "Os Três Porquinhos", "Cachinhos de Ouro", "A Galinha Ruiva" e "O Patinho Feio" apresentam uma estrutura bastante simples e têm poucos personagens, sendo adequados à crianças entre 3 e 4 anos. Enquanto, "Chapeuzinho Vermelho", "O Soldadinho de Chumbo" (conto de Andersen), "Pedro e o Lobo", "João e Maria", "Mindinha" e o "Pequeno Polegar" são adequados a crianças entre 4 e 6 anos. Depois dos 6 anos a 6 anos e 11 meses: Os contos de fadas citados na fase anterior ainda exercem fascínio nessa fase.
"Branca de Neve e os Sete Anões", "Cinderela", "A Bela Adormecida", "João e o Pé de Feijão", "Pinóquio" e "O Gato de Botas" podem ser contadas com poucos detalhes.
Fonte: CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. LIVROS E INFÂNCIA
Disponível na internet via WWW URL: http://www.graudez.com.br/litinf/livros.htm
As crianças aprendem o que vivenciam

Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a ordenar.
Se convivem com hostilidade, aprendem a brigar.
Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser medrosas.
Se as crianças convivem com a pena, aprendem a ter pena de si mesmas.
Se vivem sendo ridicularizadas, aprendem a ser tímidas.
Se convivem com a inveja, aprendem a invejar.
Se vivem com vergonha, aprendem a sentir culpa.
Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas.
Se as crianças vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes.
Se vivenciam os elogios, aprendem a apreciar.
Se vivenciam a aceitação, aprendem a amar.
Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de si mesmas.
Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo.
Se as crianças vivem partilhando, aprendem o que é generosidade.
Se convivem com a sinceridade, aprendem a veracidade.
Se convivem com a equidade, aprendem o que é justiça.
Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem o que é respeito.
Se as crianças vivem com segurança, aprendem a ter confiança em si mesmas e naqueles que a cercam.
Se as crianças convivem com a afabilidade e a amizade, aprendem que o mundo é um bom lugar para se viver. (Drothy Law Nolte)

MORDIDAS

Uma coisa muito comum nas turmas de Maternal – mas que costuma provocar muita preocupação dos pais – são as mordidas. Principalmente no período de adaptação, em que, além da maioria das crianças estar vivendo sua primeira experiência social extra-familiar, os grupos estão em fase de formação, de “primeiras impressões”, ou em situações de entrada de crianças novatas, as mordidas quase sempre fazem parte da rotina diária das crianças. Não é fácil lidar com esta situação, tanto para os pais (é muito dolorido receber o filho com marcas de mordida!) , quanto para nós, educadores (que sempre nos sentimos impotentes, incapazes que somos, na maioria das vezes, de impedir que elas aconteçam). Se nos dedicarmos a pensar esta questão de forma mais ampla, poderemos nos aproximar de uma compreensão deste fenômeno, do ponto de vista do desenvolvimento e da história da criança. Podemos partir de perguntas simples: Por que as crianças pequenas mordem umas às outras e às vezes até a si mesmas? Expressão de agressividade? Violência? Stress? Sentimento de abandono? As crianças pequenas geralmente mordem para conhecer. Para elas, tudo que as cerca é objeto de interesse e alvo de sua curiosidade, inclusive as sensações. O conceito de dor, por exemplo, é algo que vai sendo construído a partir de suas vivências pessoais e principalmente sociais, e não algo dado a priori. Mordendo o outro, a criança experimenta e investiga elementos físicos, como sua textura (as pessoas são duras? São moles? Rasgam? Quebram?), sua consistência, seu gosto, seu cheiro; elementos “sexuais” (no sentido mais amplo da palavra), na medida em que morder proporciona alívio para suas necessidades orais (nelas, a libido está basicamente colocada na boca) e ainda investiga elementos de ordem social, isto é, que efeitos que esta ação provoca no meio (o choro, o medo ou qualquer outra reação do coleguinha, a reprovação do educador, etc). Dessas investigações é que será engendrado o conceito de dor, tanto da dor própria (as crianças pequenas muitas vezes mordem também a si mesmas , numa atitude explícita das ações listadas acima) quanto da dor do outro (sentido moral da dor: a constatação de que não é lícito proporcionar dor ao outro, mesmo que os sentimentos – a raiva - assim o indiquem). É claro que, vencida esta primeira etapa de investigação, algumas crianças podem persistir mordendo, seja para confirmar suas descobertas ou para “testar” o meio ambiente (disputa de poder, questionamentos de autoridade, etc). Ou ainda, pode ser uma tentativa de defesa: ela facilmente descobre que morder é uma atitude drástica.Raramente a mordida é um ato de agressividade, e muito menos de violência. As crianças raramente querem simplesmente agredir, a não ser que estejam vivendo alguma situação de intenso stress emocional em que todos os demais recursos estejam esgotados. Assim, a mordida é uma conduta que pode ser administrada dentro do grupo: tanto em relação às crianças que mordem quanto àquelas que são mordidas com freqüência (o educador pode, por exemplo, oferecer, a estas, recursos variados para impedir as mordidas dos coleguinhas). Uma observação importante a fazer é que, por vezes, encontramos crianças que, por um motivo ou por outro dentro de sua história de vida, não só permitem as mordidas como costumam provocá-las. Estas crianças e suas famílias devem receber orientação especial do educador.Com o passar do tempo de trabalho em grupo, o educador tem a possibilidade de planejar suas ações e estratégias no sentido de fazer com que as crianças possam refletir, a sua maneira e coletivamente, esta questão. Cabe às famílias compreender este momento do grupo, buscando, se necessário, suporte junto aos profissionais incumbidos de coordenar as vivências grupais.
(Artigo da Psicopedagoga Claudia Sousa)

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